Verão extremo: 20 dicas para um passeio seguro e cuidados com o bem estar animal

Verão extremo: 20 dicas para um passeio seguro e cuidados com o bem estar animal

Estamos em uma momento de extremos no clima, com efeitos da falta ou excesso de chuvas em diferentes regiões do Brasil, e temperaturas que alcançam recordes históricos: sabemos que os fenômenos climáticos acentuados pedem nossa atenção e cuidados em diferentes áreas da vida. Uma parte disso é: como, no dia a dia, proteger aqueles que estão sob nossa responsabilidade? Neste caso, os peludos. 
Faça sol ou faça chuva, eles têm necessidades, certo? Como podemos cuidar para que façam atividade física, passeiem, desfrutem da sua rotina em segurança? Vamos lá!
Primeiro, olhando para o cachorro, o que observar:
PATINHAS
Sempre falamos disso, mas vale lembrar que seu peludo está descalço. A primeira parte que sofre com o calor são os coxins, as almofadas das patinhas. São peles resistentes, mas sensíveis, que sofrem com temperaturas altas, secura, ambientes molhados. Podem se queimar, rachar, desenvolver problemas de pele. 
  1. TEMPERATURA CORPORAL
Cães não refrescam o corpo pela evaporação do suor na pele, como nós fazemos. O organismo deles se protege pela pelagem, procurando ambientes frescos e ventilados, e abaixando a temperatura ofegando (respiração como a língua para fora, com maior umidade no nariz) e entrando em contato com superfícies mais frias. É muito perigoso que o cão ultrapasse uma temperatura corporal segura (hipertermia) ou fique com insolação, e algumas raças têm maior predisposição ao superaquecimento. Para todos, precisamos garantir ambientes frescos e sempre estarmos atentos ao ofegar, cor das mucosas, equilíbrio, disposição, temperatura do nariz e orelha.
  1. PELE EXPOSTA
Muitos cães têm pelagem densa que protege a pele, deixando exposto somente o focinho, a região dos olhos e as orelhas. Essas partes são super sensíveis e precisam de cuidados contra os elementos. Para aqueles com pelagem mais fina, muito curta, com redemoinhos ou pêlo ralo, atenção especial para pele exposta ao longo da pelagem. Essas áreas sofrem com o sol, levando a queimaduras, irritações, pele ressecada e manchas.
Com isso em mente, vamos para as dicas:

PASSEIOS SEGUROS NO VERÃO

  1. Horário
  • Passeie antes das 10h e depois das 16h. Se possível, verifique o nível UV na previsão do tempo como uma referência para escolher horários mais seguros. Em ondas de calor, prefira sair próximo ao amanhecer ou no período da noite.
  1. Proteção solar:
  • Sabia que existe protetor solar para uso veterinário? Considere testar (evite usar protetores humanos) nas áreas sensíveis expostas ao sol, de acordo com orientações do fabricante. O uso de sombrinhas com proteção UV sobre você e o peludo também pode aliviar o efeito do sol.
  1. Teste do asfalto
  • Teste a temperatura do asfalto com o peito da sua mão por 10 segundos, antes de colocar a guia no peludo e gerar expectativa no peludo.
  1. Caminhos
  • Escolha calçadas com sombra, seja de prédios ou de árvores. Fique atento ao chão enquanto andam, evitando sempre que possível que ele passe por placas metálicas como bocas-de-lobo, tampas de rede elétrica e outras chapas que esquentem mais do que o cimento da calçada. Quando encontrar, passe por trechos de grama ou terra, e deixe que seu peludo descanse as patinhas por lá. 
  1. Água
  • O clássico que vale sempre repetir. Nunca saia sem uma garrafinha de água para oferecer. Se for pego de surpresa, considere pedir para algum vizinho ou comércio.
  1. Duração
  • No calor seu peludo pode ter menos fôlego, ir mais devagar, pedir para voltar: respeite os sinais e não dê a meia volta quando ele estiver no limite, considere o trecho de retorno. Para ajudar, inclua pausas para que ele se refresque (ofegando, bebendo água e deitando em locais frescos).
  1. Chuva
  • Capas de chuva para cães e guarda-chuvas podem ser aliados em chuvas mais brandas, mas não esqueça das patinhas. Escolha calçadas familiares, evite desbravar caminhos desconhecidos após chuvas fortes, e tenha atenção redobrada com entulhos, galhos ou objetos perfurantes escondidos - você tem uma percepção de profundidade melhor que seu peludo, cuide com poças e buracos. 
  • Cuidado com visitas a cachoeiras em épocas de chuva, pois há perigo de cabeça d’água (aumento repentino do nível do rio), evite sair em tempestades elétricas, em regiões que inundam, e lembre que águas de enchentes podem ter contaminantes e bactérias transmissoras de doenças como leptospirose.

PÓS PASSEIO


  1. Resfriamento
  • Caso seu peludo curta água, deixe que brinque com água e se refresque. Já em caso de superaquecimento, interrompa a atividade imediatamente, envolva seu cão com uma toalha úmida ou água fresca (porém não gelada, para que não tenha choque térmico), e consulte um profissional de saúde.
  1. Pêlo seco:
  • Tenha uma toalha limpa disponível, se possível de uso próprio do peludo. Sempre que necessário use o secador de cabelo na temperatura frio, evite deixar as dobrinhas úmidas, pois pode gerar problemas de pele. 
  1. Pele sensibilizada:
  • Após higienizar, cuide das partes sensíveis ou sensibilizadas com balm, ele ajuda a regenerar a pele, aliviar o desconforto e proteger a barreira natural da pele.

DIA A DIA


  1. Hidratação abundante:
  • Água fresca e limpa sempre disponível. Você pode usar o Weasy Oásis para garantir a água fresca, filtrada, e na altura adequada. Caso a água esquente, tente colocar cubos de gelo
  1. Alimentação:
  • Lanches refrescantes e hidratantes, como frutas e verduras de preferência (em porções pequenas), gelos saborizados com caldo de ossos, comida úmida, e outras delícias como fígado ou frango cozidos na água do cozimento, de acordo com a recomendação do seu veterinário.
  1. Ventilação
  • Além de usar ventiladores e climatizadores para refrescar, caso sua casa ou apartamento esquente muito rapidamente, teste ventilar pela manhã e tarde, e fechar as janelas nos horários mais quentes mantendo o calor do lado de fora. Não esqueça de trocar o filtro de climatizadores, purificadores e ares condicionados para cuidar da saúde de peludos e humanos. 
  1. Abrigo do sol
  • Caso seu peludo fique em ambiente externo, verifique que tenha sombra fresca disponível em todos os horários do dia. Verifique a temperatura (não só a luminosidade), pois uma casinha que fica no sol pode se tornar uma sauna.
  1. Pelagem saudável
  • Faça escovação em casa duas vezes na semana com uma escova adequada para evitar a formação de nós e ajudar na circulação de sangue e renovação dos pelos, e ajudar a retirar excesso de subpêlo. Uma pelagem e pele saudáveis protegem melhor o peludo.
  1. S.O.S frescor
  • Superfícies frescas são essenciais, se puder, disponibilize áreas limpas e frescas de chão de cerâmica, ou uma base de mármore, granito ou cerâmica pro peludo se deitar. Considere também usar um tapete gelado para pets. Ou uma versão caseira: você pode congelar água em uma garrafa plástica, enrolar em uma toalha, e mantê-la no local que o seu peludo fica. Caso tenha uma bolsa de gel congelável ou placa de gelo para cooler, pode usá-los da mesma forma. 
  1. Insetos
  • No calor a atenção é redobrada para insetos e parasitas, não é? Além de usar repelentes seguros, procure cuidar de folhas mortas, água parada, rejuntes úmidos e cantinhos que podem atrair esses organismos. Use limpador bactericida adequado a ambientes com animais para eliminando ovos e larvas, deixando o ambiente muito mais fresco por consequência. 
Não esqueça de se cuidar também! Essas dicas são para nos ajudam a curtir com tranquilidade e saúde nossos peludos e entes queridos. Não esqueça de se divertir! 

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